sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial alerta a população sobre os riscos da hipertensão arterial
 
De acordo com o Ministério da Saúde, em média, 50,5% da população com mais de 50 anos tem a doença
 
 
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é facilmente identificada por especialistas, mas desconhecida pela maioria da população, por não apresentar sintomas. Considerada o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, estima-se que aproximadamente 30% da população mundial seja hipertensa. Levantamento publicado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que 35,8% dos homens e 30% das mulheres sofrem de pressão alta.
 Neste cenário, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial que ocorreu em 26 de abril, ajudou a alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do controle periódico da pressão alta.
 De acordo com o cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Victor Haddad, a hipertensão ocorre quando a pressão feita pelo sangue na parede das artérias está elevada. Esse é um dos importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como infarto, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). ”Por ser assintomática é necessário que as pessoas adquiram o hábito de aferir a pressão regularmente. O profissional de saúde se certificará se a pressão do paciente está dentro dos limites considerados normais, menor ou igual a 14 por 9”, explica o médico.
 A frequência da doença avança com o passar dos anos. Em média, 50,5% da população com mais de 50 anos tem a doença e, a partir dos 65 anos, a mesma condição é observada em 59,7% dos brasileiros, mostra pesquisa do Ministério da Saúde.
 Para o especialista, as pessoas que têm familiares com a doença, diabéticos, com excesso de peso, que consomem bebida alcoólica com frequência ou em excesso, ingerem alimentos com muito sal ou não têm uma alimentação saudável (produtos industrializados) estão no grupo de risco. “Caso não seja tratada adequadamente, a hipertensão pode gerar insuficiência cardíaca, maior risco de derrame cerebral do tipo isquêmico ou hemorrágico, arritmias, hipertrofia miocárdica, infarto, insuficiência renal, aceleração do processo de aterosclerose e alterações vasculares que comprometem a visão”, diz.
 O hipertenso deve praticar atividades físicas regularmente, parar com o consumo frequente e/ou excessivo de bebidas alcoólicas, evitar o stress, enfrentar os problemas com calma ou diminuir o ritmo das atividades, deixar o tabaco (cigarro, charuto e cachimbo), além de manter uma alimentação equilibrada com pouco sal e controlar seu peso.
 O cardiologista também alerta os pais da importância da educação alimentar ainda na infância, período em que a criança precisa se acostumar a se alimentar de forma saudável. Durante a fase escolar, os pais devem prestar atenção no que colocam na lancheira dos filhos. Isto contribuirá para o controle dos hábitos nutricionais, inclusive evitar a ingestão exagerada de alimentos industrializados, geralmente com alto teor de sódio. O ideal seria optar por uma alimentação mais natural, rica em frutas, verduras e legumes.
 Embora a hipertensão arterial seja uma doença crônica e sem cura, ela é perfeitamente controlável com a adoção de um estilo de vida saudável e consumo correto dos medicamentos prescritos por médico, se necessário. “É essencial que o paciente tenha orientação quanto a sua alimentação, siga o tratamento, compareça as consultas com a frequência estipulada (no mínimo, três vezes ao ano) e tome a medicação regularmente e nos horários corretos”, conclui o Dr. Victor.
 Confira algumas dicas para prevenir a hipertensão arterial :
Aferir a pressão regularmente;
Evitar alimentos industrializados;
Evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas;
Praticar atividades físicas;
Evitar o consumo de muito sal e alimentos com alto teor de gordura;
Manter o peso adequado.

 
 

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